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sábado, 27 de julho de 2024

Piedade!

Piedade!


Caminho pela vida

Tecendo versos sob a névoa.

Com fios desbotados de incerteza.

Sem enxergar o futuro com clareza!

Tento tingir de esperança

As imagens que tenho da infância.

Os colos que me acolhia.

Onde o melhor de mim, acontecia!

Os instrumentos de mim se encontravam.

O meu ser era uma sinfonia!

Distante do que fui

Penso nas almas submissas

— como a minha.

Que carregam sonhos inúteis

— enrodilhados!

Põe para secar nas ruas da utopia!

Da janela vejo a fome em cores vivas!

A consumir de aflição

Tanto ser vivo!

A indiferença é o seu maior castigo!

Aos céus peço-lhes piedade.

Viver como as estrelas vivem...

Brilhando em liberdade!


Nice Veloso.

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