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domingo, 27 de dezembro de 2020

As árvores do meu olhar!


Hum! Quem dera; 

Na floresta caminhar 

Respirar ar puro 

No verde me engajar 

Subir na mais alta árvore! 

Bem perto do céu ficar! 

Floresta, enriquece à terra! 

Alimenta as árvores do meu olhar!


Nice Veloso.

Quem dera eu fosse!

 

Quem dera eu fosse poeta! Poetas são seres alados Voa feito passarinho Enxergam flores No caminho Em sua marcha Vê a beleza dos ribeirinhos! Quem dera eu fosse poeta! Para a cultura acender No coração de alguém A luz do amanhecer Na manjedoura De carinho, renascer O poeta distrai a dor; Das madrugadas frias Em profusão Transborda de palavras A vida vazia Faz versos, cheio de amor! Rimas de alegria! Quem dera eu fosse poeta! Para viajar ao infinito Pegar a luz das estrelas: Iluminar os versos aflitos No ocaso dos poemas Fazer brilhar á luz do infinito! Quem dera eu fosse! Nice Veloso.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Canção de mim


Canto o que sou.

Não o que fui, nem serei.

Com os olhos de mim 

A enxergar imensidão 

Metamorfoseando 

Tudo que é possível;

Tocar ou sentir!

Em cada estação

Terra fértil 

Relva verdejante

Das canções que brotam

No solo de mim

As estrofes dançam

O meu coração a tiquetaquear: 

Os acordes nas veias

A vibrar

No agora em mim!

Rimas sem métricas

Água que flui da terra! 

Do tempo sem começo

Nem fim

A desaguar poesia

Em mim

Da unicidade, pessoa e lei! 

Enxergo o outro

Com expressão 

Humana universal

Dividir não é abissal

É sentimento fraternal 

Dos acordes que ouvi

Vindos da terra e do sol!

Componho melodias sem fim!

Que ecoam, da divindade de mim!


Nice Veloso.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Feliz Natal🌲


É tempo de Viver 

Tempo de sorrir 

É tempo para refletir

O nosso amor

Com outrem dividir

Paz e muita alegria

De todo bem que se quis

É tempo de ser feliz!

Grito em viva voz

Longa vida a todos nós

Para completar este edital

Desejo a todos

Um Feliz Natal!


Nice Veloso.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Equilibrista


Estou dançando 

Na corda bamba 

Meus pés, iludido 

Pisando em sombra


Sombra do que fui; 

Se torna imensa! 

Corpo e sombra 

Não vejo diferença! 


Tento equilibrar; 

Meu pensamento 

Me seguro no nada 

E no vento, para continuar! 


O pé rasteja na corda; 

Querendo o outro lado 

Alcançar 

O fim do equilibrista; 


É recomeçar!


Nice Veloso.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A linda flor amarela


A linda flor-amarela! 

Clareia meu horizonte 

De sonhos 

Um mundo novo surgindo 

A frieza, sumindo! 

Aos enganadores 

Algozes, do tempo consumido: 

O sol do humanismo brilha! 

No coração endurecido! 

O que não é espelho: 

Se auto destruindo 

O invisível chocalha à terra! 

As muralhas, caindo 

Flores do mal se fechando! 

Flores do bem se abrindo! 

Sinos tocando, tinindo 

Anjos do céu surgindo 

Despertam o mundo 

Adormecido!


Nice Veloso.

domingo, 13 de dezembro de 2020

Aqui não é o meu lugar


Vem me ajudar
Você me disse
Que ia voltar 
Sozinha não quero ficar
Aqui não é o meu lugar!

Quero voar por aí 
Em procissão quero seguir
Dias melhores a de vir!
Do Oiapoque ao chuí

Vamos nos encontrar
A qualquer hora
Em qualquer lugar
Juntos nós vamos ficar
No céu, Na terra ou no mar.


Nice Veloso.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Meu amigo poeta, Chiarini

Créditos da foto.

Poeta, querido!

Poema genial!

Você tem o dom

De arrancar de mim

Suspiros e lágrimas

Faz-me dias ensolarados:

Faz-me noite de luar!

Em plenilúnio 

De essências raras

No céu, a flutuar!

Gratidão pelo carinho;

Poeta generoso e gentil!

Como não te amar?

Me diz!?


Nice Veloso.


Acessem o blog do poeta⬇

https://escolhidoseesquecidospoemas.blogspot.com/?m=1

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Plenilúnio de essências raras.


Gosto do sabor de mim!
Tenho sabor de laranja, uva, pera…
Sabor de fruta madura e inteira!

Transbordo-me de amor-próprio.
De dia, sol, à noite, luar
Em plenilúnio
a minha alma exala
perfume de essências raras!

Sabor refinado de eternidade!

Em lume, a lua de mim, flutua
pela imensidade. 
Ultrapasso barreiras
Destituída de eira
sem beira.
Divido o amor de mim
para me sentir feliz.

Por tanto, sentir-me, inteira!

Nice Veloso.

Poema de: Gregorio de Matos.

À cidade da Bahia

Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Oeste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

 

Clarice Lispector

Créditos da foto.
Texto extraído da internet.
 Nasceu a 10 Dezembro 1920

(Tchetchelnik, Ucrânia)

Morreu em 09 Dezembro 1977

(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil)

Haya Pinkhasovna Lispector foi uma escritora e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira. Quanto à sua brasilidade, Clarice declarava-se pernambucana.

♣♣   ♣♣   ♣♣


MEU DEUS, ME DÊ A CORAGEM

Meu Deus, me dê a coragem

de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,

todos vazios de Tua presença.

Me dê a coragem de considerar esse vazio

como uma plenitude.

Faça com que eu seja a Tua amante humilde,

entrelaçada a Ti em êxtase.

Faça com que eu possa falar

com este vazio tremendo

e receber como resposta

o amor materno que nutre e embala.

Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,

sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.

Faça com que a solidão não me destrua.

Faça com que minha solidão me sirva de companhia.

Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.

Faça com que eu saiba ficar com o nada

e mesmo assim me sentir

como se estivesse plena de tudo.

Receba em teus braços

o meu pecado de pensar.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Meus poemas publicados na Revista Interativa The Bard. Dez. 2020 ACESSEM, 🌺 LEIAM, 🌺 COMPARTILHEM.❤ GRATIDÃO, Wolf! Por esta magnifica revista! Um verdadeiro presente cultural!


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Cem mulheres.

Cem mulheres

Não são cem dias

Nem tão pouco

Tem a vida vazia


Não são abjetos;

Seu ser é completo

Ultrapassam barreiras

Derrubam muros 

De concreto. 


São donas de si;

Cultivam o jardim

Transbordam por dentro

Amor sem fim!


Cem mulheres;

Tão especiais

Possuem uma luz

A ser descoberta

Na vida são flores

São poetas!


Nice Veloso.

Jaboatão


Jaboatão! 

Dias por mim vividos

Na memória, esquecidos

Janga

Entrada de Mané-Pa:

Entre Piedade e Candeias

Longas noites de agonia

A me afundar

Camarão no espeto

Talagadas de cachaça

Na praia de Maria-Farinha 

Ia curar a ressaca.

Tinha tudo

Tinha nada

Hoje estas memórias 

São assexuadas.


Nice Veloso.

Açoite.


Nem sempre estou calma

São tantas 

As partidas e chegadas

Dentro de mim 

É só distância 

Areia inexploradas

Do poeta trago 

O cântico entre a boca!

Açoite das ondas

Mais loucas

Nas encostas

Passear no céu da tua boca!

Navegar no mar seguro 

Dos teus braços

Que todo o mar para mim — fosse

O teu olhar

A fitar-me com olhos doces!


N🎼V🦋

Mutante.

 

A vida me ensina

A todo instante!

Cada pedaço do que sou

Se faz pulsante

Meu coração

Em diástole

Se faz carinhoso

Estando perto ou distante

Memórias que o vento

Açoita em mim

Se faz constante

Dos amores, amantes

Dos retalhos de mim

Reinvento-me

Nesta vida, mutante!


N🎼V🦋 

Não te escondas.

Por quê em ti;

Te escondes poeta?

Onde queres ir

Com o teu viver?

Não sabes

De tudo que precisas

Está dentro do teu ser?

Caminha em te

Na réstia luminosa

Do olhar

Seja canção

Quando em outros

Corações passar!

Tua alma dance

Voe nas asas

Da espiritualidade

Repleto de luz!


Nice Veloso.

Saudade.

Não sei o que

Se passa meu amigo!

Se nem a minha voz

Queres ouvir!

Aqui tudo em volta

É só saudade

A lua, o fino bardo

Que cantava

Nossos versos sem pesar!

Guarde este poema

De lembrança

Enfeitado de estrelas

Noites brandas de luar!


N🎼V

Sinos do meio-dia.

Assim que o vento passava;

Açoitava a melodia 

Tinia em sua mente

Feridas do dia a dia! 

Repicavam na memória

Sinos do meio-dia

Às mãos hábeis do poeta

No papel transcrevia

Alegrias e tristezas

Dados em versos

De agonia

De tudo que conseguira

Jorrava toda sangria

Seus versos (repartia).


Nice Veloso

Versos cabotinos.


Igual gota de orvalho 

Que cai de pingo em pingo!

Regando a vida;

De um mundo

Mal habitado

Rogando ao senhor

Piedade!

Olhar enxuto 

Fixo no azul do céu.

Que não sorriu 

Nem choveu

Das almas acostumadas

Verdadeiros camafeus

A lua pálida inebriava

Os párias das madrugadas!

Tristes urnas, impugnadas!


Nice Veloso.

Desassossego

Uma parte de mim; 

É sossego

A outra parte de mim

É desassossego

Uma parte de mim

Vive em paz

A outra parte de mim

O mundo puxa para trás!

Uma parte de mim 

Quer chorar

A outra parte de mim

Quer sorrir

Uma parte de mim 

Multidão 

Outra parte de mim; 

Solidão

Uma parte de mim;

É terror

Outra parte de mim

É louvor 

Uma parte de mim

Luz e calor

Outra parte de mim 

É puro amor!


Nice Veloso.

Nome: Eunice Almeida. Pseudônimo — Nice Veloso. Sou nordestina! Baiana, moro em Salvador desde meus 12 anos… Sou uma mistura de tristeza e alegria; De canção e poesia Mar, Amor e maldição De real e fantasia Que nem chuva no sertão. Nice Veloso.

Poemas:

1-Mulher empoderada tem asas!


Uma doce mistura
Revela segredos
Medos
Desejos insanos e puros
São brancas, negras
Mestiças, índias!

São cidadãs do mundo
Donas de si
Fogo e entrega
Celebra o encontro
Da amizade sincera
Das almas afins!

Ao mesmo tempo
Não são nada!
São pele, boca:
Corpo, são feras! 
Empoderadas
Livres da tábua rasa
Tem asas!

Mulher! És paixão! 
És acalanto!
Deixes que tua alma 
Dance!
Mesmo cansada
À luz do teu pranto:
Com um ideal — avance!
No amor — seja constante!

Nice Veloso.


2-Rosa perfumosa. 

Bendita seja a mulher
Que recebeu a semente
Do amor fraterno!
Carne da sua carne
Seu ventre dilacera
Nasce flor tão bela
Tantos não entendem
A sofreguidão 
Para tornar real
O sonho de Deus!
Muitos retribuem 
Com ingratidão
Oh! Rosa perfumosa! 
Das montanhas 
Íngremes, universal!
És verso que traduz
Poesia celestial!


Nice Veloso.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Desatando nó.

 

Meus versos rimas quebradas

Meu tudo é quase nada! 

Escrevo com emoção

Nesse universo de palavras!

 

A poesia é enredo;

Que vem do silêncio 

Da alma

Desata o nó da garganta!

Em cachoeira derrama

Sobre o papel as palavras!


Nice Veloso.

sábado, 28 de novembro de 2020

Guardiãs dos tratados.

Créditos da foto. 

Ah! Gregório!

Tens razão! 

Quantas falsas

Promessas!

Quantas gentilezas vãs! 

Tantas flores lindas

Decepadas 

Pelas mãos

Astuta e ligeiras

De quem da vida

Não entende nada!

Oh! Bahia amada!

Do litoral do amor

Aos extremos efes 

Das cidades

Desenhados nos rostos

Sem piedade!

Restam os efes dos poetas!

Do falar e do fazer!

Os anjos das catedrais

Guardiãs dos tratados!

Calarem-se… Jamais!


Nice Veloso.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Versos cabotinos


Papel espesso
Nas paredes
Ar pesado
Nos insalubres botecos
As cores desmaiam
À força da luz
Os esquifes agorento
Absorve o movimento
Dos teatros e dos cafés
Sugam o entusiasmo
Nostálgica paisagem
Singram no mar da pátria;
Carcaça de um velho barco
Da voz agônica — desolada!

N🎼V🦋

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Tudo ficou deserto.

De repente 

Tudo ficou deserto

Sem te-lo por perto

Longe da tua companhia

Sem sentir o aroma

Da tua poesia!


Meu corpo arde em febre;

Minha alma a suspirar

No silêncio 

Meu amor se faz intenso!


Nice Veloso.

Na rua do teu olhar.



Ah! Leva-me
Para passear
Caminhar na rua 
Do teu olhar
Outro tempo começar
Numa rua vazia 
Respirar tua poesia
Dar de mim
Sem utopia
Minhas asas resgatar
Cruzando os mares 
Que fulgura em teu olhar!

Nice Veloso.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

A vida, onde ficou?

Créditos da imagem. 

Pensou Sui:

Vida mais louca!

Cuida com todo amor

Com tanto carinho

Todo ano celebra 

Seu envelhecimento

Constroe sonhos

O coração da gente

Transborda amor

Com um sopro de vento

Tudo acabou!

Em um buraco na terra

Transforma-se em

Alimento

Para as formigas;

Os micróbios

Sem pudor!

Entristecida

A Sui se perguntou:

A vida, onde ficou?

Desolada 

Ela mesma respondeu:

No coração de quem

O amou!


Nice Veloso.

Exposta ao sol.


Viajo nesta 

Longa estrada

Cruzando rios 

Cruzando mares

Um tanto desligada

Sinto os meus pés 

Fora do chão 

A sobrevoar no céu 

Exposta ao sol

Secando as lágrimas 

De saudade

'E' as feridas 

Que tenho na alma!


Nice Veloso.

Encontro.


Saí à procura

De ti!

Te encontrei

Em cada 

Pedaço 

De mim!

Que chora

Que rir!


Nice Veloso.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Troca o disco da vitrola.


Pára o mundo!

Está tudo escuro

Os caminhos tortos

Cheios de pedregulhos

O mundo está perdido

Gira sem sentido

Perambulando gestos

Desiludidos

O eu no mundo endurecido;

Fenece a cor

Do vestido

Da existência

Que vestia

Os tecidos finos

Do dia a dia!

Gira o sentimento:

Do mundo

Do ser emoldurado

Na triste solidão

Dominante e dominado

Tem jeito rude de ser, nada!

O eu do homem 

Iludido

O som da terra; 

Oprimido!

E agora?

Troca o disco;

Da vitrola

Mudar é preciso

É chegado a hora!


Nice Veloso.

domingo, 15 de novembro de 2020

Desencontro.


Poderia

Te receber;

Com flores!


Não fosse;

O teu olhar

Tão descontente

Na flor que é 

A nossa gente!


Não vê que a flor de lotos;

Nasce, com a semente?

O céu está para toda gente? 


Navegaríamos

Pelo céu;

Dos diamantes

Refletindo luz

Na escuridão!


Do amor à nossa poesia;

Brotar, flores — nas mãos!


Nice Veloso.

O vento levou.


O vento levou!
As folhas de outono
O aroma do jardim 
Deixou as ruas desertas
Até me levou de mim!

O vento levou;
Como as águas 
Dos riachos
Sem a nascente
Retornar
Tombando nas cachoeiras;
Até encontrar o mar!

Tempo, tempo
Senhor de todos 
Os momentos
Será que trará de volta:
Tudo que o vento levou?

Nos olhos; 
Do mundo, a paz;
Na boca da noite, amor
Nos quatros quadrantes
Da terra
Brincando de sentir, dor!

Os arvoredos;
Sentem saudades
Das folhas que o vento levou!
Chora flor-de-esperança!

Vazio que o vento deixou!

Eu me quero de volta!
Com sorriso de criança
Espelho sem carranca
Na vida, perseverança 
Posto que, a minha.'alma:
Temperança!

Nice Veloso.
 

Tudo passa.

Mudam-se os tempos!

Os ventos

Até os graves tormentos

Mudar a si

Eis o intento

Contentamento 

Descontente

Mudança dos velhos;

Tempos

Resta a esperança;

Vida em bonança 

Nos corações humana flor

A exalar tão puro amor!

A alma transformada

Voa mares 

Percorre estradas

Verdes campos

Sonhos alados

Dias de sol

Noites, enluarada

Da consciência renovada!


N🎼V🦋

 

Falso diamante.


O anel de pedra preciosa

Que eu guardava

Símbolo da nossa

Amizade

Descobrir que era falso;

Minha sensatez 

Não me deixou iludir

Nem meus sonhos

Perecerem 

Quando o anel; 

De vidro se quebrou

Não havia humanidade

Nem havia amor

Percebi:

Aquele poeta 

A si, não amou!


N🎼V🦋

Versos cabotinos.


Tantos bem apanhados

De aparência Impecável

Andam sempre entretelados

Outros tantos, rebotalho

Fragmentos de retalhos:


Nas burletas singulares;

Espalham sensibilidade

Sem se sentir humilhado

Anda de sol a sol!

Sabe a cartilha de cor.

Nossa essência

É o pó.


N🎼V🦋

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O cântico do Jatobá


Não mais ouvirás 

O cântico do jatobá 

Pobre dos pobres

Ver outro pobre chorar!


As lágrimas que correm;

Há tristezas para vencer

Lágrimas de fome

Deprimente de ver!


Não mais ouvirás; 

O cântico do jatobá

Em terras firmes

Renascerá! 


O céu azul em ti;

Pobre… Um dia…

Há de brilhar!


Nice Veloso.

domingo, 8 de novembro de 2020

Coruja e cotovia.

Créditos da foto.

O núcleo 

Supraquiasmático 

Responsável

Por minha sinfonia!

Anda atrapalhado

Nada do que eu previa!

Às vezes sou coruja 

Outras vezes 

Eu, cotovia.

Alma inquieta de noite

Fera ferida de dia

Em um mundo 

De faltas e abismos

Aspirando o nada

Das vidas vazias!

Seguem em frente

O poeta e a poesia!


N🎼V🦋

 

Louros do puro amor.


Tu nem sentes

O frio que passa 

Na espinha 

Que arrepia!


Tu não sabes; 

Dos delírios

De uma flor!


Rompendo os ares;

Os vales

Encantando borboletas

Sendo estigma do beija-flor.


Tu não sentes;

O despetalar 

De uma flor

Não vês? Sangrou!

São louros do puro amor!


N🎼V🦋

Ânima.


Ânima! Onde estás? 

Quero que me cubras de luz!

Me enchas de paz!

Para que eu continue

A viagem em harmonia

Deslumbrada 

Com o raiar do dia.

Encantada com o por do sol!

Ânima! 

Não me deixes só 

Estou a morrer…

Quanto langor!

Morrendo em meu amor!


N🎼V🦋

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Espelho d'água.

No espelho d'água
Vi uma imagem
meio desgastada.
Sigo sozinha a pensar!
A deriva — no mar.
No teu amor, a sonhar!
Levo comigo a tua voz.
Guardo lembranças
do teu olhar!
No portal da vida
Entre o céu e o mar.
Na lua cheia
Vou-te encontrar.
O farol da vida
há de iluminar
o espelho d'água:
há de guiar-me!

Nice Veloso.

A menina que andava só

Pelos caminhos que ia;

Dissipava sua tristeza

Com a suave melodia

Das folhas secas que caim!


As aves que gorjeavam;

Dentro de si reluzia

A deixava deslumbrada

Seu pensamento sorria!


A natureza estendia;

O seu florido lençol

Ao norte vislumbrava

As luzes do arrebol!


Em seus braços de menina;

Lindo ninho de rouxinol 

A deixava tão bonita

No espelho, gira-sol!


Levando dentro de si;

Todos os astros do céu

Cobriu o seu coração 

Com um luminoso véu!


Nice Veloso.

sábado, 31 de outubro de 2020

A alma tece e fia.

Créditos da imagem. 
Às noites as almas voam.
Ermas e sedentas
Para dar aos que têm sonhos;
Translúcida consciência 
A alma tece e fia. 
Pensamentos 
Inconcebíveis 
Às mãos unidas em preces;
Para tantos… Infinitos!
No céu, estrelas cadentes;
Vento, nuvem 
Firmamento 
Noite intensa;
Respinga sonhos
Ao vento
Alma nova reluzente!

N🎼V🦋

As bruxas e os segredos eternos!!

Créditos da foto.

Uma bruxa nunca se dá 

Por completo

Ela sabe que a verdadeira 

Essência é só sua!

Do centro da terra

Ao mundo da lua

A bruxa é livre 

Entende a força 

Do amor

Ama de verdade

Sem perder 

Sua identidade!

Seu coração 

De condão 

Tacteia no ritmo da terra

Das águas do silêncio 

Ciclos que se movem

Segredos eternos!


N🎼V🦋

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

A melodia do mundo foi roubada.


Vejo a vida transformada 

Mundo estranho

A melodia mais antiga

Foi roubada!

Pela mentira, egoísmo

Engano e traição

Caminhos da escuridão 

Sabemos como lo cura

Preocupar menos 

Pelo material

Criar raízes profundas

No amor universal!

Faz curar ideias absurdas

Equivocadas

O amor nos envolve;

Na vida desejada!


N🎼V🦋

Versos cabotinos

Créditos da foto.

 Os arrufos repentinos 

Faz o tempo borrascoso 

Os ébrios inveterados 

Os bares — masmorras 

São pousos 

A noite quente exala 

Suor e agonia 

Cerveja quente na boca 

Poemas de melancolia 

No melhor termina

A festa 

Sem se quer 

Ter visto o dia!


N🎼V🦋

Depois de ter você


Depois de ter você

Fez em mim

Poesia florescer


Sigo enamorada;

Colhendo flores

No vão da estrada


Não necessito de coisas;

A entrega é maior

Que tudo que existe


Depois de ter você;

Tudo perde

Ganha sentido


No olho do furacão; 

Pensamentos oníricos 

És poesia do meu eu-lírico!


N🎼V🦋

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Segredos do vento da noite.

Quero dançar sob o luar!

Dançar na lua cheia

Sentir à terra vibrar

Ver na imensidão

Do teu sorriso

A beleza do Mar

Deixar fluir toda magia

Dos segredos

Do vento da noite

Dos mistérios da lua

Viajar no teu ccorpo

A rosa-dos-ventos:

Girar

O poder do amor 

Nos alcançar!


N🎼V🦋 

domingo, 25 de outubro de 2020

Inverno rigoroso.

Da janela vejo o céu! 
Com poucas nuvens
Em mim, a estação final
De um inverno rigoroso 

Transtornada estou;
Com as asas quebradas
Das procelas 
Do tempo inopinado 

Vago triste na sombra;
Da incerteza
A vida que escoa
De um corpo fraco
Pálido, soroso

A única beleza que se vê: 
É o amor que resplandece!
A natureza!

N🎼V🦋