Pages

domingo, 28 de julho de 2024

Esperança num fio de ar.


 Esperança num fio de ar.


Os meus versos são de puro espanto.

As lágrimas que de mim, jorrar

— são de confissão.

As duras penas do que pude encontrar.

O mundo de entorno oferece:

poso para os olhos

o sustento para os pés.

É fonte de melodia para os ouvidos…

São melodias de quem chora

em desalento!

Ver o destino sem poder:

mudar o rumo.

Viver o vezo d'uma época

que não faz nenhum sentido…

As mariposas fazem parte

— do Carnaval subjetivo.

Ficam ao redor da lâmpada

— entre a luz e a escuridão

vigiando a solidão.

Na rua deserta

por onde não passa ninguém 

— somente a poeira das horas

que me faz soluçar!

Afogando-me na fonte.

Do meu magoado olhar!

Respiro esperanças num fio de ar!


Nice Veloso.


SSA, 16 de julho de 2024.

Nenhum comentário:

Postar um comentário