Esperança num fio de ar.
Os meus versos são de puro espanto.
As lágrimas que de mim, jorrar
— são de confissão.
As duras penas do que pude encontrar.
O mundo de entorno oferece:
poso para os olhos
o sustento para os pés.
É fonte de melodia para os ouvidos…
São melodias de quem chora
em desalento!
Ver o destino sem poder:
mudar o rumo.
Viver o vezo d'uma época
que não faz nenhum sentido…
As mariposas fazem parte
— do Carnaval subjetivo.
Ficam ao redor da lâmpada
— entre a luz e a escuridão
vigiando a solidão.
Na rua deserta
por onde não passa ninguém
— somente a poeira das horas
que me faz soluçar!
Afogando-me na fonte.
Do meu magoado olhar!
Respiro esperanças num fio de ar!
Nice Veloso.
SSA, 16 de julho de 2024.
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