Minha infância querida

Imagem da internet.

Portão de ferro Meu cavalo trigueiro Forte e ligeiro Para trotar era o melhor. Muito lindo ver Cinco irmãos reunidos Na garupa do cavalo Pela roça cavalgar. Certo dia Portão de ferro Se assustou Parece até que viu Fantasma Ficou de pé Em duas patas O cavalo Relinchou. De um empinado Só Jogou todos Ao chão sem dó Por ser a pequenina O meu tombo foi maior.

N🎼V💙

O que há de ser de mim?

Eu preciso falar!
Cheguei a conclusão:
Tenho pena de mim!
Quando as luzes 
Apagarem
As cortinas fecharem
O que há de ser de mim?
Não mais verei 
O azul do céu e do mar
O vento as árvores 
Balançarem
Não ver o sorriso 
Dos amores meus!
O que há de ser de mim?
Sentirei saudade desta terra, 
Deste céu, deste lugar
Às vezes hostis 
Misterioso e fascinante.
Em vida sopro o berrante
Da natureza sou errante!
O que há de ser de mim?

N🎼V💙

Sensatez

Vou voando nesse 

Tempo louco 

Ouvindo o som 

Que vem do espaço 

Formato acorde 

De uma canção 

Toco violão 

A consciência onírica 

Que me faz bailar 

Toco de leve no solo 

Da razão 

Cultivo flores 

Em meu coração 

No meu olhar 

Brilho de lucidez 

Caminho reto 

Com a sensatez.

N🎼V💙 

No clarim do horizonte

Sempre troco olhar 

Quando atravesso 

À rua de mim 

Olhares furtivos 

Embaraçados 

Coando café 

Num passeio público 

Entoando canções 

Que não ouviremos mais 

Viro a esquina 

Piso em folhas secas 

Rastros deixados 

Sem volantes 

Para me levar adiante. 

Onde as cores são visíveis

A poesia é ponte 

No clarim do horizonte!

Nice Veloso

O amor chegou

O amor chegou tão 

De repente 

À minha vida

Direção 

Deslizou feito onda

Em meu peito

Inundou 

O meu coração

Dissonância

De minha ilusão 

Das marolas 

Sou céu, sou chão 

És o mar 

Que me fez canção.

N🎼V💙