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sexta-feira, 7 de junho de 2024

Escritores da Independência. Ano: 1940. Poema: Fábrica de Ilusões.


Fábrica de ilusões!

By: Nice Veloso


Foi assim que tudo aconteceu

- entre a sombra e a luz

Que pairava na alma do mundo!

Uma sinfonia de paz ecoou no universo

Era fundada a Orquestra Sinfônica Brasileira 

Em, 17 de agosto de 1940.

Reconhecida pelo pioneirismo de suas ações!


Tempos escuros, porém, elegantes

Batom vermelho

Contornando nos lábios

Sombra neutra nos olhos

Mocassim ou plataforma

Assim eram os sapatos.

Às vezes eram pesados

Refletindo austeridade nos pés

E a incerteza no olhar!


A efervescência nas rádios que tocavam:

Mamãe eu quero mamar

Batuque no morro

Noite de luar

São músicas que embalavam  

Os corações aconchegantes...

Ao menos enlevado

Por alguns instantes!


O ano de 1940 não foi fácil!

Porém, o cinema estava lá.

Ditando moda

Era o guia de inspiração!

Das saias rodadas ou preguiadas

Um cenário de luxo e beleza

Uma forma de gravar no imaginário

"A necessidade de lucrar com a leveza"!


São as sombras

Dos malditos mandriões!

Temperatura alta em escapismo

Da fábrica de ilusões!


Os filmes eram comédias

Para entreter e refletir

Sobre o social.


Quando os sinos Dobram

Como alerta de consciência

Mesmo um Grande Ditador, sabe:

A felicidade Não Se Compra!


No cineteatro 

Os musicais 

A Laranja da China

O Simpático Jeremias! 

Trouxeram alegria às noites sombrias!


O céu de maio estava luzente!

Trazendo esperança 

E um pouco de dignidade ao trabalhador.

O então presidente Getúlio Vargas

Fixou os valores do salário mínimo 

Que começou a vigorar no mesmo ano.


A ciranda roda e embriaga!

Luz para uns, treva para outros

O Brasil do carnaval!

Pobre que sofre e do rico que mais enriquece! 

Do trabalhador que enfrenta dificuldade!

O mundo com seus sonhos usurpados!

De uma nação que delira

Sem que o cidadão perceba 

Que tudo é efêmero!

Que se sapateia num mundo 

Que oferece mais circo e ópio

Do que a grandeza de ser gente!


O brando céu de estrelas

Salpica as algemas sangrentas 

De gente forte!

Do poeta, mais sentido

Nos versos, ir ao fundo

Para encantar o mundo!


A ficção e a poesia

Passaram ter novo estilo na estrutura da linguagem.

Preocupados com a formalidades e a 'dignidade' 

Da linguagem e dos termos tratados nas obras.


"Em 1940, o prêmio Nobel de Literatura

Não foi atribuído, porém 

O Prêmio Machado de Assis 

Foi destinado a Tetra de Teffé."


Do alto da montanha o poeta

Atira as suas palavras

Como se fosse um profeta

Com o semblante afagado

Por um sorriso

Para que o povo as ouvisse 

De alma e mente aberta

A todos os afetos

Num respirar profundo

Por que todo poeta sabe:

Só o amor transforma o mundo!


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