Piedade!
Caminho pela vida
Tecendo versos sob a névoa.
Com fios desbotados de incertezas.
Sem enxergar o futuro com clareza!
Tento tingir de esperança
As imagens que tenho da infância.
Os colos que me acolhiam.
Onde o melhor de mim, acontecia!
Os instrumentos de mim se encontravam.
O meu ser era uma sinfonia!
Distante do que fui
Penso nas almas submissas
— como a minha.
Que carregam sonhos inúteis
— enrodilhados!
Põe para secar nas ruas da utopia!
Da janela vejo a fome em cores vivas!
A consumir de aflição
Tanto ser vivo!
A indiferença é o seu maior castigo!
Aos céus peço-lhes piedade!
Viver como as estrelas vivem...
Brilhando em liberdade!
Nice Veloso.
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