
Sinto-me triste, agora!
Ao lembrar
das nódoas nas minhas roupas
que adquiria na infância
quando brincava entre os cajus e bananeiras
A minha mãe, batia-me por isso
— não se compara
Com as páginas escuras
da vida que vivencio a cada hora!
A névoa que encobre o sol de quem padece!
Com os gemidos que ecoam
Dos quatro cantos do universo.
Os meus olhos vermelhos
transbordam lágrimas
da dor no peito que não se acalma
do frio vento que dilacera a alma!
Sonhos perdidos no tempo
Feito sementes plantadas em lajeado.
Vejo anjos de asas quebradas
Profecias que não se enquadram
São páginas da vida, manchadas!
Tudo por uma vaidade ridícula.
Mentes doentias
Querendo fazer-se criador
Ceifando vidas por amor?
Fazendo crer
Ao pobre desditoso
Que o seu intento é virtuoso!
Ah! Que melancolia lancinante!
Os medos que persistem, da infância!
Dos homens mascarados encobrindo
O seu real semblante!
Nice Veloso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário