Sigo pelas ruas da minh'alma.
Olhando a paisagem que restou.
O ar sombrio da saudade
das folhas que o vento Levou!
Nas paredes úmidas do olhar
— debruço-me nos sonhos, a sonhar!
Sigo a minh'alma em sonho
até a outra parte de ti:
Vejo um anjo adormecido
— sem saber e sem sentir.
A misteriosa vida
Fez-me logo refletir:
quem não ama, não vive
não tem jardim para cuidar
não conversa com as estrelas
nem aparecia o luar!
Não sabe que tudo é sonho.
Nem vive os arroubos do mar!
Vou bordando a minh'alma.
Com retalhos criativos
Com a linha das emoções suaves
Os meus sonhos vão cerzindo!
Arremato as incertezas
num estado meditativo.
Num sonhar sem sentir medo.
Sempre belo e altivo!
Nice Veloso.
SSA, 14 de abril de 2023
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