Nice Veloso: Minhas Canções -- Salvador-Ba
Espaço Cultural,Shows e Poesias
domingo, 15 de setembro de 2024
Lamento-video-poema. Na voz da poetisa, Juliana Rossi
Lamento
🧵🧶
Vida vazia
Carretel sem linha
Borda verso
Que não se alinha!
Não é da sorte
Que te queixas tanto
É por não sentirem
O teu triste pranto!
Não vale o teu pranto derramar.
Por tanto afeto desprezado
Por ignóbeis criaturas
Querendo ver-te estrebuchado!
Triste é o peito
Que não soluça um canto!
Não vive em partilha
Do sublime amor!
Do divinal sorriso
Que enleva a alma
Suplantando a dor!
Canta, poeta!
Os teus amores da vida
Canta a tua existência... Amor!
Nice Veloso.
Senhores mecenas.
domingo, 28 de julho de 2024
Qual é a cor da liberdade?
Qual é a cor da liberdade?
Penso que seja azul.
No céu transitam bons ventos.
Vindos do Norte ou do Sul.
Sem amarras, sem tormentos
Prisões, crimes ou enganos
Sem viver de modo pândego.
A cor da liberdade
Vai do chão ao firmamento.
Voa no céu azul do encantamento!
Nice Veloso.
Momentos.
Momentos.
Tudo que tenho
São lembranças de momentos
perambulando na mente
a me levar no balanço
da mangueira e o canto do sabiá.
Com a lata d'água na cabeça.
Eu subia e descia a ladeira
da fonte sem reclamar!
Tio Luiz e mãe Maria
Sentados no peitoril a prosear.
Ainda sinto o sabor dos bolos de chuva.
Feito no fogão a lenha
em dias de chuva ou de sol.
Tomando um bom gole de café!
O meu desejo de ser, era maior!
Nas manhãs cheias de brumas
Andava entre os arvoredos
para comer ingá.
Conversava com o imaginário…
Colhendo razões para pensar.
Nem tudo é só tristeza!
Feliz de quem tem bons momentos
para sorrir ou chorar!
Às noites, candeeiro apagado
o tapume das estrelas a me guardar!
Nice Veloso.
Flores e gestos
Flores e gestos.
Nesta manhã tão risonha
Percorri os pontos cardeais
Deitei sonhos nos umbrais
Vejo poesias iguais!
Poemas são pérolas divinas.
Como o sofrimento das ostras!
Transformam areia em versos.
Perambulam entre flores e gestos!
Nesta manhã
O mar está carinhoso
Traz-me sonho deleitoso.
Vejo o sol beijando o mar.
Na areia desenho o teu rosto.
A olhar-me absorto.
No vai e vem das ondas:
sou o mar beijando o teu rosto!
Nice Veloso.
Endoidecida de saudade.
Endoidecida saudade.
Vivo endoidecida de saudade
De tudo que se foi sem despedida.
Foi-se o amor a ternura, a amizade.
Ficou a dor lancinante da partida.
Queria do tempo, lealdade.
A minha alma vive inconformada.
Pisando o pó da minha estrada.
Vendo a insofismável verdade.
Na concretude da vida
Vivo em contendas com a verdade.
Vivo em choque com a realidade.
Peço ao tempo vista branda.
Quero ver o amor em plenitude.
Quero ficar em paz com a solitude!
Nice Veloso.
O grito
Já me dói os versos de outrora!
Que refletem no olhar exausto!
Dividido entre a raiva e a ternura.
Vejo rugas no meu rosto fausto!
Sou mulher de fase como a lua.
Flutuo como quem fora esquecida.
Nas veredas do olhar vive nua.
Vive sempre em despedida.
Ouço a canção já tão esquecida!
Vejo sombras nas noites sem lua.
Vejo flores na solidão da rua.
Do céu ouço a palavra.
São vozes em forma de grito.
São poesias do recôndito infinito.
Nice Veloso.
Esperança num fio de ar.
Esperança num fio de ar.
Os meus versos são de puro espanto.
As lágrimas que de mim, jorrar
— são de confissão.
As duras penas do que pude encontrar.
O mundo de entorno oferece:
poso para os olhos
o sustento para os pés.
É fonte de melodia para os ouvidos…
São melodias de quem chora
em desalento!
Ver o destino sem poder:
mudar o rumo.
Viver o vezo d'uma época
que não faz nenhum sentido…
As mariposas fazem parte
— do Carnaval subjetivo.
Ficam ao redor da lâmpada
— entre a luz e a escuridão
vigiando a solidão.
Na rua deserta
por onde não passa ninguém
— somente a poeira das horas
que me faz soluçar!
Afogando-me na fonte.
Do meu magoado olhar!
Respiro esperanças num fio de ar!
Nice Veloso.
SSA, 16 de julho de 2024.
Pulsar poético
Pulsar poético.
Bem que eu poderia estar alegre.
O sol brilhando
O céu está azul e luminoso.
Contrastando com o meu interior.
Brincando de morto-vivo.
Debruçada em sonhos
Vejo as ruas, desertas de mim.
Um relógio trabalha apressado
Em desassossego
Para chegar ao fim
— no infinito de mim!
Onde jaz uma ânsia
De vislumbrar um novo porvir!
Lá onde o tempo não seja seco.
Nem as horas sejam nulas.
Porque, quando anoitece
Saio à procura de rimas e versos.
O luar é meu pulsar poético!
Nice Veloso.
DIA MUNDIAL DO ROCK🎸🎶
DIA MUNDIAL DO ROCK🎸🎶
🎶🎸🤘🎸
Se falta um pedaço de me
É no solo da guitarra que me vou encontrar.
Mesmo que eu possa rir ou chorar
O meu coração se enche de amor
Na veia pulsa o Rock in Roll.
Nice Veloso.
sábado, 27 de julho de 2024
Piedade!
Piedade!
Caminho pela vida
Tecendo versos sob a névoa.
Com fios desbotados de incerteza.
Sem enxergar o futuro com clareza!
Tento tingir de esperança
As imagens que tenho da infância.
Os colos que me acolhia.
Onde o melhor de mim, acontecia!
Os instrumentos de mim se encontravam.
O meu ser era uma sinfonia!
Distante do que fui
Penso nas almas submissas
— como a minha.
Que carregam sonhos inúteis
— enrodilhados!
Põe para secar nas ruas da utopia!
Da janela vejo a fome em cores vivas!
A consumir de aflição
Tanto ser vivo!
A indiferença é o seu maior castigo!
Aos céus peço-lhes piedade.
Viver como as estrelas vivem...
Brilhando em liberdade!
Nice Veloso.
domingo, 30 de junho de 2024
Qual a cor da liberdade?
Qual é a cor da liberdade?
Penso que seja azul.
No céu transitam bons ventos.
Vindos do Norte ou do Sul.
Sem amarras, sem tormentos
Prisões, crimes ou enganos
Sem viver de modo pândego.
A cor da liberdade
Vai do chão ao firmamento.
Voa no céu azul do encantamento!
Nice Veloso.
Pulsar poético
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Fabrica de ilusões
Antologia - Escritores da Independência!
Não tenho palavras para descrever tamanha emoção! Sensacional! Excelente narração! Élle Marques, Você sempre nos presenteando com beleza e grandeza em tudo que faz!
Agradeço profundamente a você e a sua equipe e todos que participaram desta belíssima antologia — Escritores da Independência!
Poema completo está no livro - Escritores da Independência.
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Negro
Negro!
Lamento por seres alvo
De tanta ingratidão!
Es sinônimo de amor
Das manhãs
Café puro ou com leite
O preto traduz todo afã!
O mundo é dual
— é o preto no branco.
É o branco no preto.
Para enxergarmos a vida
Com um lindo visual!
Quer saber?
De pé somos diferentes
Na horizontal somos iguais!
Fico constrangida
com tanta discriminação.
A minha cútes é branca
— mas trago na veia o sangue
dos negros das senzalas
— e na alma o cântico
dos meus ancestrais!
Nice veloso.
Coletânea - Aprender a Amar
Espalhando o amor.
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No mundo, tudo tem forma.
D'um jeito bem peculiar
Transforma e perece.
Um dia serás pó
nesta terra, “sem-lugar”!
A alma genuína
fica latente.
Não sofre alteração.
A pura essência
é que de fato
— nesta vida tem valor!
Que a minha alma
seja fonte de alento!
Não se entregue ao desgosto
nem se deixe blasfemar!
De toda a água que jorre
da cachoeira do humanismo
— em mim, se torne mar!
O meu corpo sente
as marcas do tempo…
São mudanças a todo o momento!
Procuro manter a calma
sentindo o frescor que vem da alma!
Com justiça, com empatia
espalho poesia e amor.
Para a criança que fui
orgulhar-se de quem sou!
Nice Veloso.
Coletânea - Aprender a Amar
Coletânea - Aprender a Amar
Só gratidão em participar, desta belíssima antologia: Aprender a amar!
De toda a água que jorre
da cachoeira do humanismo
— em mim, se torne mar!
Nice Veloso.
Escritores da Independência. Ano: 1940. Poema: Fábrica de Ilusões.
Fábrica de ilusões!
By: Nice Veloso
Foi assim que tudo aconteceu
- entre a sombra e a luz
Que pairava na alma do mundo!
Uma sinfonia de paz ecoou no universo
Era fundada a Orquestra Sinfônica Brasileira
Em, 17 de agosto de 1940.
Reconhecida pelo pioneirismo de suas ações!
Tempos escuros, porém, elegantes
Batom vermelho
Contornando nos lábios
Sombra neutra nos olhos
Mocassim ou plataforma
Assim eram os sapatos.
Às vezes eram pesados
Refletindo austeridade nos pés
E a incerteza no olhar!
A efervescência nas rádios que tocavam:
Mamãe eu quero mamar
Batuque no morro
Noite de luar
São músicas que embalavam
Os corações aconchegantes...
Ao menos enlevado
Por alguns instantes!
O ano de 1940 não foi fácil!
Porém, o cinema estava lá.
Ditando moda
Era o guia de inspiração!
Das saias rodadas ou preguiadas
Um cenário de luxo e beleza
Uma forma de gravar no imaginário
"A necessidade de lucrar com a leveza"!
São as sombras
Dos malditos mandriões!
Temperatura alta em escapismo
Da fábrica de ilusões!
Os filmes eram comédias
Para entreter e refletir
Sobre o social.
Quando os sinos Dobram
Como alerta de consciência
Mesmo um Grande Ditador, sabe:
A felicidade Não Se Compra!
No cineteatro
Os musicais
A Laranja da China
O Simpático Jeremias!
Trouxeram alegria às noites sombrias!
O céu de maio estava luzente!
Trazendo esperança
E um pouco de dignidade ao trabalhador.
O então presidente Getúlio Vargas
Fixou os valores do salário mínimo
Que começou a vigorar no mesmo ano.
A ciranda roda e embriaga!
Luz para uns, treva para outros
O Brasil do carnaval!
Pobre que sofre e do rico que mais enriquece!
Do trabalhador que enfrenta dificuldade!
O mundo com seus sonhos usurpados!
De uma nação que delira
Sem que o cidadão perceba
Que tudo é efêmero!
Que se sapateia num mundo
Que oferece mais circo e ópio
Do que a grandeza de ser gente!
O brando céu de estrelas
Salpica as algemas sangrentas
De gente forte!
Do poeta, mais sentido
Nos versos, ir ao fundo
Para encantar o mundo!
A ficção e a poesia
Passaram ter novo estilo na estrutura da linguagem.
Preocupados com a formalidades e a 'dignidade'
Da linguagem e dos termos tratados nas obras.
"Em 1940, o prêmio Nobel de Literatura
Não foi atribuído, porém
O Prêmio Machado de Assis
Foi destinado a Tetra de Teffé."
Do alto da montanha o poeta
Atira as suas palavras
Como se fosse um profeta
Com o semblante afagado
Por um sorriso
Para que o povo as ouvisse
De alma e mente aberta
A todos os afetos
Num respirar profundo
Por que todo poeta sabe:
Só o amor transforma o mundo!
•Google pesquisa: •Just another WordPress.com weblog
•Universo literário •Universo cultural
Escritores da Independencia
Muito honrada com a minha participação neste magnífico trabalho!
Coletânea Escritores da Independência: 200 anos da história cultural do Brasil (1822-2022)
"A cultura do Brasil em nossas mãos"!
Obrigada, Élle Marques e todos que colaboraram com esta maravilhosa obra!
@mundoculturalworld
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Bando de selvagens.
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Flores nos quintais.
segunda-feira, 27 de maio de 2024
Memórias de um bem-te-vi
A brisa fria
Que vem do
Mar
Trazendo consigo
A saudade!
Do canto
Do bem-te-vi:
No telhado.
Alçou voou
Para a eternidade!
Perfume perdido
Da cumplicidade.
Deixando-me
Em agonia!
Uma cachoeira
De sonhos.
Derrama
melancolia!
É o perfume
Da poesia!
Nice Veloso
domingo, 26 de maio de 2024
Bruma
Ficou o reflexo
na boca
da noite.
Do beijo
Que não foi
Roubado
Disfarçado
De estrela
tão distante
ficou
Inebriando
O coração!
Com um olhar
que versa
silêncio.
Como o espinho e a flor!
Desejo: um poema
de amor!
Nice Veloso
Estrela azul
No céu reluz
uma estrela
azul!
Ilumina e revela
uma serenata
de amor!
Feito, pétalas
caindo
ao som
dos quatro ventos.
Em fragrância
A sua essência
Arte que não esvazia!
São os seus
fragmentos
de poesia!
Nice Veloso
domingo, 12 de maio de 2024
QUANDO A TEMPESTADE PASSAR.
Espero estar aqui
Quando a tempestade passar!
Para ver o sol iluminando à terra.
Sentir o vento bom que vem do Sul
— enxugar os cantos mofados
dos corações derrotados.
Que não sabem sobre o amor!
Quando a tempestade passar
encontrarei os meus filhos
felizes, sorridentes!
Por serem sobreviventes
— da fúria das águas e do vento!
Porque aprenderam
sobre generosidade e bons sentimentos!
Mãe, talvez seja Deus disfarçado.
Mesmo com filhos ingratos
está sempre ao nosso lado!
A vida é efêmera
Sem fé se torna vazia.
Vamos ser generosos
Parar com tanta picuinha.
Quando a tempestade passar
Sejamos mais compreensivos
Sentiremos mais empatia.
Transbordaremos de amor…
Não decepcionarmos o criador!
Com erros e acertos sonhou-nos!
Nice Veloso.
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quinta-feira, 14 de março de 2024
Olhar magoado
Ouço uma voz dolente
Trazida pelo vento
Duma triste canção
A me açoitar!
Esta canção é minha
É nossa
Uma canção magoada
Do poço de melancolia
Dos nossos ancestrais!
Viestes murmurar
Em meus ouvidos
Com o teu hálito suave
Temperado de mar!
Revolvendo a areia quente
Do peito, solidão
Abrindo em ferida
O meu pobre coração!
Sinto a tua voz mansa
Resignada
Teus olhos dois diamantes
Olhar lânguido, de luar!
A repetir o mesmo refrão:
esta canção é minha
é nossa, meu irmão!
Nice Veloso.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Fragilidade
se iguala a minha fragilidade.
Nem mesmo uma frágil flor
quando vai caindo
— pétala por pétala!
No silêncio do olhar
do que está perto
— d'um sentir profundo... manifesto!
Um pequenino ponto
solitário no universo
Entre chuva, tempestade
Eu, rima e verso!
Nice Veloso.
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
Sons eternais
Arcano
Ouço gemidos
Vindos de outros oceanos
Brumas negras…
O Bardo segue em busca
de arcano!
O mundo precisa de luz!
Vinda dos corações humanos
Para destruir as fibras de aço.
Do sacarmos
Dos desalmados, tiranos!
Adornar de pérolas nitentes
da lucidez de ser bom
para se fazer luzente.
Transbordar o mar
Rasgar o horizonte
Explodir de amor
as insanas, mentes!
Oh! Mundo, oh! Mundo!
Vejo as gerações futuras
em meio estes fossos!
Há de fartar de luz
para cegar os vermes miseráveis!
Assim, as vidas poderem escalar
a montanha do impossível
fartar-se das maravilhas
do saber e da luz divina!
Nice Veloso