Escrevamos com a tinta do amor

Consertei o farol da minha ilha! Sempre o vejo mesmo que você Esteja a mais de mil milhas! Saio de mim na maior investida Ando por todos os lados da ilha Nas ruas de pedra Encontro você caído. Um jeito sofrido! Ondas fortes batendo no cais É você querendo Sair de dentro de mim. Tem ações Que precisamos fazer A poesia pode resolver Humanizando eu e você! Com o poder de reinvenção Poeta, escritor, leitor: Encontro emocionante Renovador… Saindo da ilha
Novos poemas
Escrevamos com a tinta do amor!

Nice Veloso.

Exuberante flor-do-norte

Créditos da foto.

És uma flor-do-norte

Exuberante!

Mulher guerreira e forte

Tira fogo de lenha molhada

Em mata fechada!

Divulga os poetas 

Sem pedirmos nada

Sua gentileza 

Resplandece

Tece com o fio da felicidade:

A sua generosidade

És o luar da amizade!

Seu sorriso

É a nossa alegria

 Sol dos nossos dias

Dora linda!

És a beleza da poesia!

Nice Veloso.

Sem vexatório

Não sou de contendas Isto não me convém Nem me sinto bem Prefiro perder A disputar algo Com alguém! Minha paz Não está em certame Licitatório Para aguentar tal vexatório!

Nice Veloso.

Noite em Salvador

É noite em Salvador!

Uma noite chuvosa

Dorme tranquila 

A natureza
Melancólica beleza

Nuvens escuras

Vão ladrando a lua

Às ruas vazias

Onde jaz a alegria!

O soturno da noite

Deixa o mar sombrio

Suas águas a soluçar

Deixando atro o mar.

A natureza sábia

Estende seu manto azul

Para a rainha do mar

O seu pranto enxugar!
A paz em suas águas reinar

Nice Veloso.

Análogas criaturas

Na minha pequenez

De ser mortal

Cansada de pensar

A dor não finda!

A vida é tão fugaz!

Para conceber

Tanta mentira

Se a própria natureza

Ao sagrado inspira!

Os amores fúteis;

Estampado

Nas ruas da luxúria;

Entre os sobrados

Tão insalubre espetáculo

O mundo inteiro

Está farto!

Análogas criaturas!

N🎼V

Alma viajeira

A minha alma viajeira

Vem a sonhar

A vida inteira.

Depois de vê-la;

Caminhar

Céu, terra e mar

Enfrentar a correnteza.

Coroada de espinhos;

Angustia dos ancestrais

Rompe a clara madrugada!

Da correnteza sonhada!

Um eu de eterna pureza!

Placenta de amor

Fincada!

N🎼V

A volta do mecenas

Não durma agora

Bandoleiro

Vai perder a hora;

De ver o sol nascer!

Chega de ser calaceiro!

Quem se importa;

Com os contos

Os poemas

Onde estão

Os mecenas?

É hora do jardim florescer;

 A literatura renascer!

Talvez a, duras penas:

Peri, Iracema…

Queremos

A volta do mecenas!

N🎼V

Fariseus do ego

Muitas palavras bonitas
Para se engrandecer
Se gabam por se doarem! 
Outros se negam a todos! 
Jogam a isca da bondade!
Para pescar eternidade
Do ego são fariseus
De inocente não tem nada!
Para os poetas de fé 
São como unha encravada
O mal da egolatria
Logo proliferava
O que salvou o poeta:
Escrever com primazia
Por amar a poesia!

Nice Veloso.

Meu talismã

A linda música tocou

A tenho, como um talismã. 

Melodia e letra

Exercícios de erudição!

De um vago norte

Dos mares profundos

Das emoções!

As questões cartesianas

Sombras na janela

A ave que canta

Trazendo a paz!

A fonte jorrou

Maria se alegrou

É o canto do amor!

N🎼V

Nice Veloso.

Ponto primordial

Tenho direcionado 

Meus pensamentos

Ao "Tempo sem início" 

Para conquistar a felicidade

Desafio as circunstâncias

Com espírito vigoroso

Cheia de esperança

De fé genuína

No momento

Original da vida!

Quando o sol desponta

A cada manhã

Partimos do ponto

Primordial...Amar a vida!

N🎼V 

Nice Veloso

Seja forte

Seja forte!

Vamos, seja forte

Não deixe sua vida

Ficar a mercê da sorte.

Harmonize sua mente;

Com o âmago da fé 

Naturalmente!

Descubra que possui;

Inabalável força

Capaz de contagiar

Muita gente!

Ser feliz; 

É comportar-se

Humanamente!

N🎼V

Nice Veloso.

Teu corpo é meu violão

Não existe noite fria

Com um corpo quente

Se é para falar de amor

Quero falar da gente

Louco querer

Na cama eu e você

Sinto meu sangue ferver

Teu corpo é meu violão

Embriago-me em teu abraço

Nosso cheiro, desejo saciado

Dedilhei em ti, nossa canção

Para sonhar imensidão

Nice Veloso

Um caloroso abraço

Sempre estive aqui

Ao seu lado

'E' você não vê!

Quando o vento;

Soprar em seu rosto

A chuva fria molhar

A suas vestes

Posso oferecer-lhe;

Um abraço,

Para aliviar seu cansaço!

Quando o véu escuro;

Da noite 

Encobrir as estrelas

'E' suas lágrimas rolarem

Sem o sol para secar: 

Eu poderia segurar;

Suas mãos

Sem solta-las

Por uma eternidade!

Para fazer-lhe sentir;

Sentir o meu amor 

De verdade!

Nice Veloso.

A penteadeira

Por vezes sinto 

Que tem um rosto

Que me observa

Olhando do fundo 

Do espelho.

Lembro-me de quando 

Era criança

A olhar-me na penteadeira!

Como aquela menina

Ficava ali

A repetir meus gestos?

Segurava o espelho

Na tentativa de olhar

Por trás do móvel

Imóvel que ali estava!

A mostrar-me 

O meu próprio rosto!

É o que tenho feito 

No papel

Mostro meu rosto

Minha arte

Revelo minha agonia!

Escrevendo poesia!

Nice Veloso.

Entre o sim e o não.

Meu coração 

Um pêndulo

Não — sim! 

Sim — não! 

Alegre e triste;

Bate, bate 

De emoção!

Fique em casa;

Vá para rua

Não vá para lua!

Fico aturdida;

Entre o sim e o não!

Se faço uma garapa

Se chupo o limão!

Que sofrência! 

Entre a lógica 

Entre a razão!

Nice Veloso.

Da alcova

Acordei agarrada Às tuas lembranças Não sei o que fazer! Desejo louco de prazer! Canto, danço Desejo de ti Rego a paixão Com as águas que cai: Feito, chuva de verão. Sem promessas; Sem pressa.
Murmúrios Lascivos Repletos — de paixão. O meu corpo molhado; Contaminado Cheiro, beijos, carícias! Lembro-me de tudo! Um amor; Nascido no mundo!

Nice Veloso

Quisera ser pássaro

Quisera ser um pássaro

Sentir o prazer de voar!

O vento batendo no rosto!

Cruzar rios e mares.

Um voou necessário!

Por toda parte

Me fazer habitar

Voar por todos os lugares.

Pousar na mais bela paisagem!

Repousar numa floresta encantada;

Onde vive o amor e mais nada!

Nice Veloso.

De onde vem a alegria do poeta?

De onde vem esta alegria:

Que do poeta irradia?

Dos vários amores;

Uma só melodia!

De amor vive só.

Vive ardente paixão!

Insaciável pela vida;

Busca aventura

Dores, prazeres

De novas canções! 

A beleza que o poeta irradia;

Penso que vêm do mar!

Talvez das borboletas;

Com o seu jeito sensual 

A bailar.

Será das flores raras;

Vindas de outra estação? 

São dos versos;

Tolhidos da emoção!

Nice Veloso.

O mundo globalizado

Imagem da internet.

O mundo globalizado

Às distâncias reduzidas

Limites foram quebrados

Está civilizado?

Foram saltos gigantescos;

Mais para o carnavalesco

Lugares bem pitorescos!

Tudo parece evoluído;

Contudo, o olhar foi esquecido!

Não vê o sacralizado

Nem percebe o abismo!

Apedeutas abastados!

Com o seu espelho alargado!

Disfarçados de cordeiro

Dizem ser civilizados!

Em verdade vivem à margem!

Vivem longe da luz da verdade!

Nice Veloso.

De onde vêm este olhar?

De onde vêm este olhar?

Não são miragens; 

São rostidade

Da história 

São margens!

No mesmo fio do tempo;

Sentados ao lado e na frente!

Vivem em mundos

Diferentes!

O som do universo;

Somente o solista ouvia

Tão afinada melodia!

Das cordas do tempo;

O solista percebia 

A música tinha alma

Tinha cor

Dançava e vibrava o ar:

A melódica sinfonia!

Para outros;

Estranha visão 

É a mesma música? 

Sim… Só que não!

Foram destituídos; 

De interrogação

Não são mais instrumentos

De salvação! 

Não tem como negar;

Fingir que não vê 

Está em todo lugar...

Um pedido no olhar! 

Nice Veloso.

Minha alma ansiosa quer viver

Nada pode tirar

De mim

Um grande amor

Que tenho  

Na lembrança!

Minha alma ansiosa

Quer viver

Já não sofre 

Com mudanças!

Em meus sentidos

Temperança!

Minha alma ansiosa 

Quer viver!

Navegar em ondas

Brancas espumantes

Colher raios de sol

De esperança!

Guarda-los 

Em meus sonhos

De criança!

Nice Veloso.

Saudades de você

Saudades de você 

Do seu carinho 

Sua voz em meu ouvido 

A sussurrar

Tão sonoro mimos

Que soava!

Meu coração risonho

Se tornava!

Em lume de estrelas

Que em mim chegava

Os prazeres 

Que de Vênus emanavam!

Brindávamos 

Com o vinho de Baco;

A emoção que inflamava!

Nice Veloso.

Tão frágil vida ameaçada

As paisagens eternas

Estão vazias

O receio de um ataque

Invisível

Tomou conta 

Das áreas urbanas;

O homem e a sua frágil vida;

Ameaçada!

Transformando o mundo

Numa imensa

Cidade-fantasma

Cenário de ficção…

A ausência!

A vida em outra dimensão!

Será que isso existiu?

Sim! Eu estava lá!

Em 'lockdown', isolada.

Sonhando sonhos

De liberdade

Exterminar o paiol

Da maldade!

Nice Veloso.

Nem os sinos ouço tocar

A noite chega

Nem os sinos

Ouço tocar

O silêncio invade

As ruas da cidade!

Quando a crise cessar;

As ruas encherão

De rumores

De movimento

Como antigamente?

Será diferente?

Em mim;

Muita coisa mudou

Muitas ideias

Rumores

Que existem por aí; 

Estão fora de mim!

Nice Veloso.

Versos feitos de mim.

Quieta em meu quarto

Vivo o silêncio

De profunda solidão

Se sou dona das horas;

De aflição

Serei dona 

De momentos

De sossego

Do amor que pulsa

Em meu coração

O amor é a calma;

É a fúria

Amor é cura

É a razão do existir!

Interpreto a vida

Em verso e prosa

Feitos de mim!

Nice Veloso.

O amor é uma eterna poesia

O amor de dentro de mim
Em estado latente
Pulsa nas minhas veias
Ferve o meu sangue!

Quando penso
No nosso encontro
Um misto de doçura
De alegria!

Oh! Meu Deus!
Esta sensação
Que me invade
Querendo ter-lhe
Todos os dias!

O amor é uma eterna;
Poesia!

Nice Veloso

Feliz aniversário meu amor

Hoje acorde

Com a esperança

De encontrar-lhe

Trazer de volta

O pedaço do meu

Coração!

Tenho saudades

Do que não vivemos

Partiu e deixou-me!

Na solidão

Meu espelho

De persistência

ensinou-me:

A liberdade

De um condor

Hoje voo nas asas

Da prece

Para lhe deseja:

Feliz aniversário

Meu amor!

Nice Veloso.

Alma feminina

Somos nós… lua nova
Lua cheia
Vivemos ciclos de amor
Feitas de espuma
Vindas das estrelas-do-mar
Renovada beleza interior
Os instintos altruísticos
Revelam a nobreza do amor
A luz da beleza divina
Misteriosa, alma feminina
Afrodite em flor
Deusa de Vênus
Bálsamo do amor!

Nice Veloso

A vida em manifesto

Que a poesia se espalhe

Em versos sublimes

No universo

Qual nascer do sol

No horizonte

De amor e luz

A vida em manifesto

Cantemos as canções

De liberdade

Contemplando

Em gestos tão gentis

'E' de igualdade

Imersos

Em tão sublime versos

Nice Veloso 

Um par de sonhos

Sou viajante

Do tempo

Caminho nele

A sonhar…

Levo nas mãos 

Um par de sonhos

Não me canso de esperar!

O possível faz-se logo!

O impossível

Sei que vou realizar!

Feliz quem tem 

Um sonho para sonhar!

Enternecida sigo

A sonhar!

Nice Veloso.

Cantarei o amor

Cantarei a vida

Cantarei o amor

A amizade!

No solo de mim

Com raízes

Tão fecundas!

Jamais me perderei

De vista

O tal desvelo!

Que brota do meu eu:

Com esplendor!

Dos gestos tão gentis

Que me foram dados

O quanto mais dou:

Mais ele jorra

Da fonte luminosa

Do amor!

Nice Veloso

Poetisa Leikela, gratidão pelo belo poema!

Emocionante

A nobreza

Dos seus versos

Fala com maestria

Do príncipe

Dos poetas

Guardarei seus

Belos versos

Registrando

Este momento

De afeto e amizade

Como disse 

Olavo Bilac:

"Porque a Beleza

Gêmea da Verdade

Arte pura 

Inimiga do artifício

É a força e a graça 

Na simplicidade"

Te amo, preciosa

Leikela! ❤

Vento leste.

Ouço o sussurro do vento que vem do leste. As ondas do mar batendo nas pedras; Dissipando o pó incrustado Da pequenez do coração desalmado! Depois de sentir as marcas profundas; Que o invisível deixou De tudo que de si, tirou: O sonho do homem acordado Os costumes, as cidades, os estados Do farol de um buscar iluminado! Depois da dureza de um tempo;  Entregue à sorte de um viver acostumado: A vida precisa ser reinventada! As quizumbas do agora não são espelho. A vida é curta. É preciso mudar tudo agora. A notícia corre mundo afora! O fazer sonhar de um povo ledo; A esperança é bem mais forte que o medo! O vento da mudança soprou. Trazendo o barco do poeta: A beira-mar em segurança! É o lestinho trazendo alegria e liberdade! Deixa o coração explodir! Ao nosso povo… O ouro! Nice Veloso.

Vento leste. (Versão 1)

Ouço o sussurro 
Do vento que vem
Do leste.
As ondas do mar
Batendo nas pedras,
Dissipando o pó
Incrustado
Da pequenez
Do coração desalmado!

Depois de sentir
As marcas profundas
Que o invisível
Deixou,
O sonho do homem
Acordado,
Os costumes,
As cidades, os estados,
Do farol de um buscar
Iluminado!

Depois da dureza 
De um tempo 
Entregue à sorte,
De um viver acostumado,
A vida precisa ser 
Reinventada!

As quizumbas
Do agora
Não são espelho.
A vida é curta.
É preciso mudar tudo agora.
A notícia corre mundo afora!

O fazer sonhar
De um povo ledo,
A esperança é bem
Mais forte que o medo

O vento da mudança soprou.
É o lestinho
Trazendo o barco do poeta
À beira-mar
Em segurança!

Alegria e liberdade
Ao nosso povo.
Deixa o coração explodir… 
É ouro!

Nice Veloso.

O invisivel levou!

O invisível levou…

Depois de percorrer;

O mundo inteiro;

Deixando famílias

Em desespero

Seus entes queridos… Levou!

Com esperança, fé; 

Com equidade

Retomamos

Nossas atividades!

Sem confinamento;

A confiança retomada

Os povos do mundo inteiro:

 A fluir com alegria;

'E' liberdade!

Respeitando diferenças;

Sem sofrer desigualdade!

Nasce um novo mundo…

Leves como plumas ao vento!

Livres a flutuar como nuvem: 

De algodão a percorrer o céu: 

A chover ternura sobre à terra!

Os rumores pelas ruas; 

Das cidades

Quantos risos

Quantos abraços

Das ternuras 

Que sonhamos

Quando confinados 

Dar e receber!

Dos amores;

Sem o limbo

Fluindo

Como cascata;

Gratitude e bondade

Na maior felicidade!

Nice Veloso.